08 março 2010

PERSISTÊNCIA


Passamos a 14ª rodada... 0 x 4 Sport em cima de um grande calo no sapato (no melhor dos sentidos), o Porto. O Leão mostrou sua hegemonia e de quebra trouxe a redenção para alguns de seus jogadores.

O que falar do Zé Antônio? Contratação da efêmera Era Chamusca, foi alvo constante da torcida rubronegra na hora de criticar a qualidade do jogador. Mas a persitência é uma virtude e hoje ele forma a dupla de volantes SOBERANA da Ilha ao lado de Daniel Paulista.

Daniel Paulista vem de outro caso. Ídolo, altamente identificado e agraciado pela torcida, que passa por longo período de recuperação após séria lesão. O seu retorno aos gramados era aguardado e aclamado. Porém, sem ritmo de jogo no início, Daniel teve participações tímidas na sua volta. Atualmente é visível sua evolução física e tática e sua importância no esquema tático do Leão.

Eduardo Ratinho foi outro caso complicado. Contratação solicitada para cobrir o irreparável buraco deixado pela saída de Moacir, o jogador chegou na Ilha bichado. Dando chance para seu companheiro Júlio César que não agarrou a oportunidade devido a partidas nem um pouco convincentes. Quase 3 meses depois, Ratinho estreia bem e agrada em cheio à torcida e ao treinador tomando para si a camisa 2 do Sport.

Outra grata surpresa vem sendo o Tobi. Volante protagonista da maior novela de negociações da história rubronegra. No início do ano chegou a ser anunciado como a primeira contratação da Era Giva, contudo não veio por problemas com o São Caetano (seu antigo clube). Mesmo assim, a diretoria insistiu no jogador e continuou negociando... o que deixou a torcida com uma pulga atrás da orelha. "Será que valia a pena insistir tanto?". E a princípio a resposta foi "não". O jogador fez apresentações lastimáveis, contudo, remanejado para uma nova posição, Tobi vem agradando em cheio e fazendo apresentações muito convincentes como terceiro zagueiro do Leão.

Podemos falar aqui também de Wilson, o WilGOL 2010. Inujustiçado pela torcida (mesmo sempre mantendo uma postura digna ao jogar pelo Sport), Wilson mostrou seu valor no início do campeonato desse ano e a torcida, mesmo sempre com o pé atrás, teve que admitir a volta por cima do artilheiro. Infelizmente, quis a ironia do destino (ou o descaso da diretoria com os nossos atletas e gramado) que uma conhecida lesão no joelho tirasse o jogador dos gramados por 6 meses. Para a torcida, fica só a expectativa que a lesão não acabe com o embalo de Wilson no seu retorno aos gramados e que Wilgol venha ajudar o Sport na sua caminhada de volta a Série A.

Ciro é um caso a parte. Creio que o menino é a sensação da ilha da última década. Mesmo no ano passado e esse ano amargando uns bancos (as vezes até justamente), a torcida já havia se rendido ao seu futebol. Hoje, Ciro retomou seu lugar no time, é titular absoluto do ataque do Leão e, para não ser diferente, artilheiro isolado do Pernambucano.

Eduardo Ramos também viveu uma negociação complicada para aportar na Ilha. Mesmo assim, o próprio INSISTIU que queria vir para o Sport... e veio. Veio para mostrar porque valeu a pena insistir tanto para não desistirem dele. O meia que no CUrintia (por uma infeliz grafia na sua camisa "E. RAMOS") era chamado pelos torcedores de ERRAMOS, mostrou que Giva, mais uma vez ACERTOU na escolha do jogador. Realidade rubronegra, o meia é disparado o craque do campeonato e está fazendo a diferença.

TROFÉU AÍ SIM para todos eles. Pela persistência e vontade de mudar o jogo ao seu favor.

Quem sabe se com esses exemplos outros jogadores que não estão agradando ou ainda não disseram para que vieram não acordam e começam a jogar bola? Quem sabe?!

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