Tendenciosos, mas democráticos. O FOB abre espaço para o comentário do alvirrubro, porém nosso amigo, @Gustavo_C. Como todo bom alvirrubro, ele odeia o Sport. Mas garantimos, dá para falar de futebol de verdade com ele. Sem ter que ouvir aquelas lorotas de que "Hexa é Luxo", ou o "Quer dançar, quer dançar..." (e o pior que é mesmo, dançou).
Leiam sem resistência, no final é sempre divertido ler os desabafos de um alvirrubro.
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Foi justo? Foi não. Merecia a desclassificação? Aí já são outros quinhentos.
Durante toda a fase classificatória do Campeonato Pernambucano 2011, o Náutico deixou comprovada a superioridade técnica de sua equipe. Foi o time com melhor aproveitamento jogando em casa e o terceiro melhor jogando fora; o Sport ocupou a terceira posição como mandante e a quinta como visitante.
O timbu também teve o melhor ataque do campeonato (os dados deste post foram atualizados até o dia 10/04/2011); 47 gols em 21 jogos. Média de 2,2 por partida. Em casa, só não fez mais gols que o Santinha; 17 gols em 11 jogos. Já em casa, o time foi implacável; 30 gols em 10 partidas.
Já a defesa, bem, os números continuam a falar; o Náutico teve a quarta melhor defesa. O Sport? A segunda. Seria esse o problema do Náutico contra o Sport? Não. Nos confrontos diretos, o Náutico levou a melhor em casa e, na casa do adversário, arrancou o empate.
Então o que foi que deu errado com o timbu justamente no ano em que tudo conspirava a favor do time? Como é que, em pleno ano em que o Sport sonhava com o hexa (apesar de os rubro-negros negarem, eles querem o título, sim), o Náutico deixa escapar a chance de eliminar o rival e garantir o luxo de ostentar o hexa campeonato?
Será que é a sina do "a gente nada, nada, mas sempre morre na praia"? Como gosto de racionalizar as coisas, não costumo levar a sério nesse tipo de crendice futebolística, apesar de os números favorecerem o mito. Não, nada a ver. O que acredito que tenha ocorrido foi o clima de "já ganhou" misturado com a não compreensão do espírito do campeonato. O Náutico não jogou em cima da regra. Já o Sport...
No fim das contas, como alvirrubro saudável, ao contrário de muitos alvirrubros doentes que teimam em encher a boca pra falar de um título que nem viveram, por vezes me pego considerando se não seria o remédio que faltava para o Náutico a perda do título do hexa. Será que assim acordaríamos e enxergaríamos que euquanto a gente se prende a um título prescrito (e não comemora nada desde sei lá... 2004?), o Sport vem colecionando títulos e mais títulos, o que só faz sua torcida aumentar ano após ano (e consequentemente o dinheiro revertido na venda de produtos, na renda proveniente dos jogos, entre outros fatores)?
A exemplo do Coritiba, que através de uma gestão séria desde que foi rebaixado para a segunda divisão do brasileiro, vem demonstrando um crescimento exponencial, talvez precise também o Náutico levar um grande baque para que consiga se reerguer e voltar a proporcionar aos seus torcedores mais que promessas e pedidos de "força, timbu". Todo ano é a mesma coisa.
É. Talvez seja bom mesmo pro Náutico perder esse hexa. Vai que assim acordamos e viramos a mesa. Mas enquanto meu coração de torcedor não se decide se é racional ou paixão pela camisa alvirrubra, na final do pernambucano 2011, sou tricolor desde pequeno.
Gustavo Carvalho é publicitário apaixonado, marido dedicado e alvirrubro fuleiro, daqueles que considera futebol a brincadeira que o esporte deve ser. Há tempos não decora os nomes dos jogadores que compõem o elenco do time, não vai mais a campo por medo da violência, mas ainda tem pelo Náutico o amor que herdou do pai.
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Conclusão do FOB: ganhamos e fomos melhores quando precisávamos ser (ponto).
Ao amigo @Gustavo_C, aquele abraço...
... não desse tipo! Essa coisa "sociável" demais alvirrubra. Vôte.
Só aquele bom e velho abraço fraterno... de amigo mesmo...
e continue (mesmo como alvirrubro que é) prestigiando os amigos do FOB.
Fica na paz, velho.
E se você também quiser participar do Espaço Aberto, escreva um depoimento com o título "ESPAÇO ABERTO". Mas lembrem-se... antes de democráticos, muito tendenciosos.
