POST TRIPLO

Histórico, frustrante, emocionante.

Três adjetivos que podem descrever um mesmo jogo. Em noite que a nação rubronegra compareceu ao estádio e provou que "com o Sport eternamente estará...", os deuses do futebol trataram de recompensá-los com algo memorável.

A REDENÇÃO DE SAULO-AVATAR

Pense o seguite: imagine um jogador revelado nas categorias de base do seu clube. Que aos 21 anos já carrega consigo um vice-campeonato mundial de futebol e alguns campeonatos pernambucanos. Uma promessa que só teve contra si (e para mim eu acho até que foi muito a favor) um mero detalhe: ser reserva de um ídolo supremo do Sport. Magrão.

Com uma regularidade acima do normal, operando verdadeiros milagres e com um comprometimento com o time e com a sua torcida fora de série, Magrão não dá espaço para ninguém em sua posição. Não dava.

Mesmo que sem abalar sua titularidade, quis o destino que Magrão se contundisse em um momento que mais precisávamos do nosso ídolo debaixo do gol. Saulo então foi convocado pra luta e não decepcionou.

Mas como ele se sobressairia? Como, mesmo que por alguns momentos, sair da sombra de Magrão? Para os deuses da bola, o óbvio nunca é o caminho. E Saulo fez história.

46 do segundo tempo. Falta em Daniel Paulista (que fez uma das suas partidinhas mais mixurucas no Sport) que Carlinhos Bala cobrou (como se fosse com as mãos) na cabeça do nosso goleiro-blockbuster. GOL.

Não foram apenas as defesas importantes, mas no dia 31.01.2011, Saulo eternizou-se como o primeiro goleiro rubronegro a marcar um gol na história do clube. O gol da vitória. Verdadeiramente eletrizante.

A comemoração a base de lágrimas devido a uma contusão logo aós o lance não foi ofuscada. A massa rubronegra fez reverberar seu nome no estádio... no bairro... na cidade... no estado... no Brasil. Saulo, como todo herói de filme ferido em combate, saiu nos braços do povo. Um verdadeiro herói rubronegro.


BALABRIL

Este foi outro personagem da noite. Apesar de não ter feito uma boa partida, Bala foi decisivo simplesmente por ser versátil. Alguns rubronegros não gostam dele, outros adoram. Com Bala não tem meio termo. Mas uma coisa temos que admitir... se tivéssemos em campo mais uns três jogadores com a mesma VONTADE dele, nossa história estava sendo outra.

Bala se destaca porque se movimenta, busca o jogo, marca, tenta arrancar e armar jogadas em um time que não o acompanha.

E ontem jogou no ataque, de meia, volante, de lateral-direito e de... GOLEIRO!

Sim... com a contusão de Saulo após o Sport já ter feito as suas tres substituições, Bala foi pro sacrifício, puxou a responsabilidade para si e se tornou o gigante mais baixo do mundo no alto de seus 1,60m.

Era Bala que estava no gol no último lance do jogo. Escanteio para o Vitória, bola alçada na área; a bola é desviada em direção do gol e BALA dá um soco a bola para afastar o perigo e sacramentar a dramática vitória rubronegra.

Depois, puxou um "Cazá! Cazá!" com a torcida de arrepiar.


MAIS UMA VEZ, NAS MÃOS DE GUSTAVO

Tudo bem, eu fui um dos que eram contra o seu retorno à Ilha. Mas com Magrão-Paredão e Saulo-Avatar fora de combate, a chance e a responsabilidade da reação rubronegra está literalmente nas mãos do nosso terceiro goleiro.

Para os céticos e apreensivos, deixo abaixo um video histórico (para não dizer profético).



Sim, a história do HEXA começou, há 5 anos, nas mãos dele mesmo: GUSTAVO. Até isso já coroa a noite de ontem como o marco zero da nossa arrancada e busca do quadragésimo título.

Muita sorte ao nosso goleiro nas próxima rodadas.

. . .

É... foi uma rodada cheia de emoções e novidades para o Sport. Para mim, o gol de Saulo foi um marco. Pois ele chamou a torcida para novamente para junto e deve acordar de vez o leão adormecido dentro dos jogadores.

RAÇA, LEÃO!
Para cima da patativa.

Também fica a dica do artigo do Lédio Carmona sobre o jogo de ontem. Todo rubronegro deveria ler e se orgulhar (clique aqui para ler)