Cheguei na Ilha por volta das 14h40, parei para o "tradicional de outrora" pitstop no Marcelino para me encontrar com minha irmã e outros amigos para aí sim nos dirigirmos para dentro do estádio.
Daqui de casa, eu, meu pai e minha irmã caçula - únicos rubronegros da família e felizes por não termos herdado o fardo e maldição de torcer pela Barbie - tínhamos a sensação de que estávamos para reencontrar com um velho amigo.
Não sou dos maiores fãs de multidão e confesso que a entrada para a arquibancada lateral (lado oposto das sociais e cadeiras) me gerou um pequeno pânico interno. UM "MUNDARÉU" DE GENTE, eu falei. EU DISSE QUE IA LOTAR, continuei.
A fila caminhava a passos lentos, aquela aglomeração ia aumentando e se espremendo cada vez mais, até que um sujeito puxou o bom e velho PELO SPORT NADA?... e O MAR RUBRONEGRO retrucou: TUDOOOOOO!
É... eu realmente estava ali. Não era sonho, não era apenas um desejo que eu protelava... não era peça da minha imaginação. Eu ia presenciar o MEU SPORT jogar mais uma vez em casa. Passei pela catraca e nos encaminhamos para o túnel de cima da arquibancada lateral... pelas sombras dos corredores da Ilha percorriam minha expectativa... poucos metros e minutos separavam este reencontro.
Quando de repende, a luz no fim do túnel. E provando ao mundo que vários corpos podem ocupar um mesmo lugar no espaço, nos esprememos para encontrar nosso lugar.
LOTADA. A festa rolando solta... os gritos de guerra... a atmosfera... até São Pedro ajudou com umas nuvens carregadas que aliviaram o sol, mas sem deixar cair a chuva. PERFEITO.
Nesse momento eu voltara a me sentir como um pequeno rubronegro de 8 anos de idade... aplaudi, acompanhei os gritos de guerra e esperei o Sport entrar em cena.
Eis o momento. O Sport entrou e eu já estava pondo a prova toda a potência das minhas cordas vocais. Enquanto a Jovem vibrava e levantava o moral do time cantando o nome de cada um de nossos guerreiros, o time foi se posicionando. A partida ia começar.
Onde eu fiquei? Bom, eu fiquei um pouco acima do sujeito desse video abaixo. Posição privilegiada para ver o primeiro gol de Germano com a camisa do Leão.
E só mesmo na Ilha eu poderia ver:
- Esse caldeirão voltar a ferver;
- O bandeirão da jovem subindo do chão aos céus;
- O primeiro gol de Germano e Eliandro com a camisa do Sport;
- César salvar espetacularmente em cima da linha o gol de empate do Brasiliense;
- A torcida gritar... "ÃO ÃO ÃO... César é seleção" (em outros tempos isso era inimaginável)
- César (sempre ele nos últimos dias) orientando o posicionamento de Igor;
- O segundo gol de Wilson pós-cirurgia;
- Ciro perdendo um gol de penalty e o juízo (3º amarelo bobo)... mas tem crédito
- Geninho geniosamente genial em ação (substituições criticadas, porém que mudaram o desfecho da partida)
- Marcelinho PB, seu cabelo de fogo e sua visão de jogo cirúrgica;
- O nosso sub-15 Élton... "VAI MEU PIRRAIA" gritava um torcedor gaiato quando ele pegava na bola.
- Um milagre de Magrão;
- Germano fazendo parecer que o Sport jogava com 15 em campo;
- Tobi e César destruindo na defesa;
- Renato e suas arrancadas;
- Dutra e seu fôlego adolescente...
- E uma festa que torcida nenhuma conseguirá fazer igual.
Ainda consegui adivinhar o placar: 3x0 postados no twitter na noite anterior. Te cuida polvo Paul.
Sem sombra de dúvidas, um dia INESQUECÍVEL.
Alma lavada, a saudade amenizada e o desejo do próximo jogo que está por vir.
Um dia para me lembrar pro resto da minha vida... e a recordação dessa partida eu guardo comigo.
Ilha do Retiro, 07 de setembro de 2010, terça-feira, 16h10
SPORT 3 x 0 Brasiliense
Eu vi... você viu... aliás... quem não viu?
ÔÔÔÔÔôô... O MEU LEÃO VOLTOOOOUUUUUU... O MEU LEÃO VOLTOOOOUUUUUU...
Que venha o Guaratinguetá...
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